"Estás sempre a dizer que eu estou crescido, mãe, mas eu não me vejo crescer".
Eu vejo.
A ti e a mim.
Thursday, August 19, 2004
Leitura de Férias
"Se nossa vida fosse dominada por uma busca da felicidade, talvez poucas actividades fossem tão reveladoras da dinâmica dessa demanda - em todo o seu ardor e seus paradoxos - como nossas viagens. Elas expressam - por mais que não falem - uma compreensão de como poderia ser a vida, fora das restrições do trabalho e da luta pela sobrevivência. No entanto, é raro que se considere que apresentem problemas filosóficos - ou seja, questões que exijam reflexão além do nível prático. (...) se bem que a arte de viajar pareça sustentar naturalmente uma série de perguntas nem tão simples nem tão triviais, e cujo estudo poderia contribuir modestamente para uma compreensão do que os filósofos gregos denominam pelo belo termo eudaimonia ou desabrochar humano."
A Arte de Viajar - Alain de Botton
finalmente editado pela Dom Quixote
A Arte de Viajar - Alain de Botton
finalmente editado pela Dom Quixote
Um Cântico Gradual para Agostinho
Um Cântico Gradual para Agostinho
"O mais esbelto dos ursos é despertado no Inverno
pelo riso dos gafanhotos que ouve no sono,
pela azáfama sonhada das abelhas,
pelo perfume a mel das areias do deserto
que o vento transporta no seu seio
para as colinas distantes, para as casas de Cedar
O urso escutou uma promessa que será cumprida.
Certas palavras são nutritivas; alimentam
mais do que neve amontoada em travessas de prata
ou gelo a transbordar de taças de ouro. Nem sempre
as lascas de gelo da boca do amado são melhores,
nem sonhar com um deserto é uma miragem.
O urso que desperta entoa um cântico gradual
tecido da areia que conquista cidades
num lento ciclo. A sua oração seduz
um vento que passa, a caminho do mar,
onde um peixe, capturado numa rede zelosa,
escuta a canção do urso na fragrância fresca da neve."
Tabitha Spruce
in "Escrever - memórias de um ofício"
de Stephen King
da Editora Temas e Debates.
"O mais esbelto dos ursos é despertado no Inverno
pelo riso dos gafanhotos que ouve no sono,
pela azáfama sonhada das abelhas,
pelo perfume a mel das areias do deserto
que o vento transporta no seu seio
para as colinas distantes, para as casas de Cedar
O urso escutou uma promessa que será cumprida.
Certas palavras são nutritivas; alimentam
mais do que neve amontoada em travessas de prata
ou gelo a transbordar de taças de ouro. Nem sempre
as lascas de gelo da boca do amado são melhores,
nem sonhar com um deserto é uma miragem.
O urso que desperta entoa um cântico gradual
tecido da areia que conquista cidades
num lento ciclo. A sua oração seduz
um vento que passa, a caminho do mar,
onde um peixe, capturado numa rede zelosa,
escuta a canção do urso na fragrância fresca da neve."
Tabitha Spruce
in "Escrever - memórias de um ofício"
de Stephen King
da Editora Temas e Debates.
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