Os factos: cheguei a horas ao trabalho, acabadinha de tomar banho, leve e fresca. Dirijo-me à Garagem na esperança de convencer o funcionário, personagem insólita, a lavar-me o carro sem necessidade de eu estar ali a assistir. Enquanto falo, um pombo simplesmente defeca no meu ombro e cabelo.
Subo até ao quinto andar, e depois de me limpar, inicio o meu dia de trabalho.
Minutos passados, vejo pela janela um pombo a descer a pique e ir contra o varão do parapeito da varanda, causando um enorme estrondo.
Se isto fosse um sonho, eu saberia bem o significado de ser alvo de um cócó de pombo e o assistir ao suicídio de outro, e o pudor impedir-me-ia de o contar aqui, até porque, sr. Mexia, apesar de não haver um código que torne a decifração dos sonhos segura, eu acredito na sua interpretação.
Não sendo o caso, ocorre-me apenas dizer que receio que, por vezes, a minha realidade bata os sonhos do comum dos mortais.
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