Wednesday, April 01, 2009
Tuesday, March 31, 2009
Monday, March 30, 2009
Friday, March 27, 2009
Thursday, January 22, 2009
Wednesday, January 21, 2009
cidália
farta de todo o luxo a que se habituara, cidália teria cedido aos encantos de um jovem rústico.
marcado pela exposição diária às intempérides, jorge tinha a pele de um castanho Luis Vitton, marcado por rugas de expressão, como uma boa mala usada.
nada fazia cidália sentir-se mais viva do que a ida semanal ao campo para o encontro amoroso. mais do que as duas ou três horas de convívio íntimo, agradava-lhe o percurso. a autoestrada, seguida da estrada nacional e finalmente da estrada de terra batida. isso sim, fazia-a sentir-se viva.
era durante o caminho que perspectiva toda a sua vida, a relação que mantinha com carlos havia anos, as amigas que lhe ocupavam as restantes tardes, a vida que levava. tudo parecia poder continuar sem ela. como um cenário para o qual teria contribuído logo no início, mas que havia tempos já não lhe dizia nada.
a rudeza e a simplicidade de jorge, para além de a enternecerem, davam um novo elan à sua vida. vivia agora com um sentimento de controlo e de aventura. escondia um segredo que efectivamente ninguém estava interessado em descobrir, mas ainda assim, sentia-se viva.
o problema destes escapes semanais era a melacolia que trazia consigo, a par das batatas e corgetes com que jorge enchia a bagageira do seu carro. uma solidão que lhe gelava a alma. mas só então cidália sentia que a tinha.
marcado pela exposição diária às intempérides, jorge tinha a pele de um castanho Luis Vitton, marcado por rugas de expressão, como uma boa mala usada.
nada fazia cidália sentir-se mais viva do que a ida semanal ao campo para o encontro amoroso. mais do que as duas ou três horas de convívio íntimo, agradava-lhe o percurso. a autoestrada, seguida da estrada nacional e finalmente da estrada de terra batida. isso sim, fazia-a sentir-se viva.
era durante o caminho que perspectiva toda a sua vida, a relação que mantinha com carlos havia anos, as amigas que lhe ocupavam as restantes tardes, a vida que levava. tudo parecia poder continuar sem ela. como um cenário para o qual teria contribuído logo no início, mas que havia tempos já não lhe dizia nada.
a rudeza e a simplicidade de jorge, para além de a enternecerem, davam um novo elan à sua vida. vivia agora com um sentimento de controlo e de aventura. escondia um segredo que efectivamente ninguém estava interessado em descobrir, mas ainda assim, sentia-se viva.
o problema destes escapes semanais era a melacolia que trazia consigo, a par das batatas e corgetes com que jorge enchia a bagageira do seu carro. uma solidão que lhe gelava a alma. mas só então cidália sentia que a tinha.
Thursday, January 15, 2009
Wednesday, January 14, 2009
Sunday, January 04, 2009
Se um dia tatuasse uma frase
seria esta que vi numa t-shirt no Rio de Janeiro numa senhora de idade: simpatia é quase amor.
E o vento levou...
se há coisa que aprendo lentamente é a deixar as coisas acontecer.
vejo a mulher a enumerar (com ares de quem faz isto há anos) todos os rituais a fazer quando chegar a hora certa e sinto ternura.
a minha passagem de ano não poderia ter sido mais desorganizada, tumultuosa e emotiva. como numa bad trip, enquanto tento controlar a emoçao gentil e exacerbada do manel, vejo-me rodeada de uma multidao de branco, flores ao mar, foguetes, e de pessoas a quem ficarei ligada para sempre e que nunca voltarei a ver (assim me faz acreditar a garota do leblon).
ela ficou com a rosa branca.
eu fiquei com um silêncio que me queima.
o manel... o tempo o dirá.
IEMANJÁ.
vejo a mulher a enumerar (com ares de quem faz isto há anos) todos os rituais a fazer quando chegar a hora certa e sinto ternura.
a minha passagem de ano não poderia ter sido mais desorganizada, tumultuosa e emotiva. como numa bad trip, enquanto tento controlar a emoçao gentil e exacerbada do manel, vejo-me rodeada de uma multidao de branco, flores ao mar, foguetes, e de pessoas a quem ficarei ligada para sempre e que nunca voltarei a ver (assim me faz acreditar a garota do leblon).
ela ficou com a rosa branca.
eu fiquei com um silêncio que me queima.
o manel... o tempo o dirá.
IEMANJÁ.
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