Querida amiga, o livro que pediste segue já no avião.
Peço-te que, na volta, me envies este.
São assuntos melindrosos, já se vê, pelo que te solicito o maior dos cuidados, e que embales as questões envolvidas com a sinalética adequada: «Frágil, pegue com cuidado!», tal como fiz.
Ora senão, vê lá: “Nunca tive vergonha do meu corpo, embora meus dois irmãos achassem que eu deveria ter. Andava apenas de calcinha ou mesmo despida dentro de casa, até meus peitos crescerem tanto que se tornou impossível lavar a louça do almoço sem que eles mergulhassem na pia cheia de detergente. Foi quando meu pai pediu que minha mãe esclarecesse para mim as diferenças entre meninos e meninas, e então meu busto foi encarcerado para toda a eternidade em grandes sutiãs de bojo acolchoado que ela mesma comprava, muitas vezes em lojas de gestantes, para que eu me sentisse mais confortável.Eu sou aquela que muda o cabelo e sempre fica pior, que sai de roupa nova e ninguém repara, que passa festas inteiras fingindo que dança com os amigos, quando na verdade está dançando sozinha.A mulher feia não é apenas uma deformação da estética. A mulher feia é um estado de espírito.” Claudia Tajes via Destaques a Amarelo. Chick Lit em versão brasileira.
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