Holidays

Parto para paragens mais quentes, não sem antes vos deixar um presente: as minhas escolhas de entre o sexo feminino. E assim respondo simultaneamente a um convite do miguel marujo, e a uma pergunta que me calhou ontem à noite: "o que farias se fosses homem por um dia."
um beijo para todos.
see you next year.

O Presente

No principio era um diário, um diário gráfico.
esboços, linhas, palavras cuspidas num caderno pelo Eduardo Salavisa.
depois surgiu o blog e o site, e o espaço foi-se enchendo de diários e cadernos de pessoas que têm este hábito maravilhoso de andar acompanhadas de papel e lápis, não vá surgir uma imagem.
o blog era tudo o que gostaríamos de fazer, e durante anos o visitei.
agora, o diário fez-se livro (ajudado pela Quimera) e podemos finalmente deliciar-nos com os diários de 35 ilustradores portugueses, entre os quais o do próprio Eduardo Salavisa e o do Cruzeiro Seixas, para além de um vislumbre dos diários de Frida Kalo e Henry Moore.
Espreitem lá... vá.

http://www.diariografico.com/ e do blog http://diario-grafico.blogspot.com/

Fran

Saudades do calor estival

Verão - O Grande Herbário das Sombras

Fecho o livro, e,

com a cabeça cheia de imagens,

parto para férias.

Até já.

Blue.

“Começava a nevar em Pennabilli e eu detinha o olhar na neve que caía sobre as amendoeiras, em redor da casa, quando me chegou o Grand Herbier d’Ombres. É um livro com as sombras de muitas ervas do campo, da pintora Lourdes Castro, grande artista portuguesa que reproduz sombras de pessoas ou de outras formas de vida. Olhava eu, assim, os bordados da neve e logo depois as páginas do livro. Num determinado momento, no branco do vale, vi manchas escuras que subiam da minha memória. Eram as sombras que passavam pelo tecto do meu quarto no dia do regresso da prisão, na Alemanha, e eu, naqueles reflexos, procurava reconhecer os meus conterrâneos. Depois vi o vale, além da janela, atravessado pela grande sombra do obelisco da Praça de São Pedro, num dia de Agosto, quando Roma me apareceu deserta. E no entanto, os turistas estavam à fresca, na sombra daquele obelisco se apinhavam. De repente, pensei nos belos dias de Agosto com Andrei Tarkovski quando trabalhávamos no filme Nostalgia, em Bagno Vignoni. A pequena aldeia toscana tem, na praça, um lago de água quente criando nuvens de vapor que enevoam, qual mundo medieval. É nestas águas que Catarina de Siena banhava seu corpo e as palavras de sua oração. Uma manhã entrámos na pequena igreja, na margem da rua que contorna o grande lago. Sentámo-nos sobre um banco de madeira para gozar aquele silêncio abandonado. Descobrimos que o feixe de luz matutina proveniente de uma janela alta estampava sobre a parede interior, junto de nós, uma pequena planta selvática crescida sobre o terriço trazido pelo vento, sob o pequeno vitral. Uma sarça de sombras incertas que se tornava decoração naquele reboco gessoso e humilde. Eu e Andrei permanecemos por algum tempo contemplando estas imagens trémulas que nos traziam reflexões profundas. A um certo ponto pareceu-nos sentir no ar um perfume de menta. Levantámo-nos de imediato para descobrir aquela imagem sobre o muro e perceber se a fragrância vinha daquela sombra. Assim era. É por isso que agora aproximei do nariz as sombras de Lourdes Castro que possuem uma presença viva e misteriosa capaz de fazer crescer mágicos pensamentos a quem as olha”.

Tonino Guerra, in A Phala, nº 97

And Now the Good News

Depois de anos a convencer-nos de que tal não voltaria a acontecer, Richard Ashcroft volta a reunir-se com os restantes elementos dos The Verve lá para o final deste ano.

The light is pale and thin like you..

«In Liverpool
On Sunday
No traffic
On the avenue
The light is pale and thin
Like you
No sound, down
In this part of town
Except for the boy in the belfry
He's crazy, he's throwing himself
Down from the top of the tower
Like a hunchback in heaven
He's ringing the bells in the church
For the last half an hour
He sounds like he's missing
something or someone
that he knows he can't have now and
if he isn't
I certainly am

(...) »
Suzanne Vega
In Liverpool

Agora lendo......

O livro veio parar-me às mãos como acontece com a maioria das pessoas, através da recomendação de amigos ou familiares.
Há várias razões para já me ter cruzado com este livro, mas acredito que as coisas acontecem por uma razão.
Neste caso, haveria que esperar, e a razão é simples: estou na idade certa para amar Rubem Fonseca, e para conseguir reconhecer em mim a multiplicidades de mulheres que Rubem constrói neste maravilhoso livro de contos.
Numa crónica que Eduardo Pita escreveu há tempos sobre a edição em Portugal deste livro, pela Campo das Letras, é dito: «A literatura chegou tarde — o primeiro livro foi publicado em 1963, quando ele tinha 38 anos —, sim, e em grande forma.»
Pois é exactamente nessa idade (e nesse estado) que o livro me apanha, e o que poderá ser considerado tarde para o escritor, nao o é para mim enquanto leitora.
O livro é genial, eminentemente adictivo, cheio de mulheres vadias, homens ingénuos mas nada inocentes, e desfechos cheios de ironia.
Um livro delicioso.

Forte Imaginação Visual

«Kafka's interest in pornography, which left traces in such works as The Metamorphosis, matters if it makes us look at any of Kafka's fiction in a new way, he said: "Kafka had a strongly visual imagination, and the importance of the visual arts for him hasn't yet been fully explored."

A propósito da mais recente descoberta sobre a vida secreta de Franz Kafka, via Bibliotecário.

Pensamento odontopsicológico

o meu sentimento por ele está, assim, como que cariado.

HP_Homem Prosaico

tratava-se pura e simplesmente de uma questão de configuração, pensava ela para si, o facto de ele imprimir a todas as suas palavras um gradiente de tons cinza.

Parabéns querido João Figueiredo

The Imperial Rose of an Order
Tecnica mista 125 x 90 cm
"Retrato de D. Amelia de Beauharnais"

óleo sobre tela 74 x 61 cm

de autor desconhecido

Palacio Nacional de Queluz

Presente oficial do Primeiro Ministro aos Reis da Suécia

por ocasião da sua Visita oficial a Portugal.

Postal ilustrado

Vem a imagem a propósito de uma foto que o miguel marujo colocou em tempos no E Deus Criou a Mulher, de que gostei logo. Andei com a imagem na cabeça durante uns tempos com uma sensação de familiaridade enorme. Percebi, momentos depois, que me lembrava os quadros do Mel Ramos, de que gosto imenso. Há quadros até que se aproximam mais da imagem então postada, mas gosto particularmente desta.

Esta tipa é mesmo gira. O bronzeado é invejável, e dá ares da Charlotte Rampling, não dá? As pernas entrabertas e o maço de tabaco entre elas é bastante erógeno. O cabelo confere-lhe um ar composto e arranjado. Vê-se que tem classe. Tem muita classe. Podia ser uma personagem do Hitchcok, a Marnie, ou qualquer outra representada pela Grace Kelly, mas com um pouco mais de malícia, graças a Deus. O peito cheio e levantado é uma graça. Vê-se pelas marcas do bronzeado o tipo de bikini que usa. Um dos que se usavam na altura em que Mel Ramos o pintou, 1972, pouco cavado, feito para a mulher moderna se sentir confortável. Eu era uma criança mas, como é óbvio, foi esta a cultura que me marcou. Essa e as outras dessa época. Lá em casa, ouvia-se Sinatra, Nat King Cole, Gilberto Gil e Chico Buarque de Holanda em A Ópera do Malandro. Também se ouvia, quando era a minha mãe a decidir, Charles Aznavour e Mireille Mathieu. A menina da imagem claramente prefere Sinatra e as Grande Orquestras de Swing. Eu gosto de tudo. Quase tudo.

Sempre gostei de imagens como esta, fortes... Olho vezes sem conta para ela e rapidamente me ocorrem outras, de westerns, do clint eastwood, do (que seria o)Verão em Saint-Tropez nos anos 70, das lambretas, das pin-ups da playboy desses anos e dos calendários de nús de então, até daquelas canetas com mulheres nuas que eu inclinava para despir e vestir com um fato de banho preto, vezes sem conta, nas tardes sem televisão em casa do meu avô. E lembro-me do paul newman.O paul newman.... isso é que era.... Que tipa tão gira, não acham?

Thinking about the images

Foto de Zara Jay (que tem 15 anos!!) (in Flickr)

imagens que me assolam e que não me abandonam (whith background light). Sussuro-tas, entre as aulas, e escreves sobre elas, páginas e páginas, que eu editarei, um dia. the publisher-to-be.

Now listening

Só quem nunca ouviu consegue ignorar os encantos do universo dos Dead Combo. Sons hipnóticos, vampirescos. Cowboys invadindo casas de fado? Guitarras portuguesas enchendo saloons? Ouçam. Ou melhor: «Não ouçam!» Sinto-me possuída (que melodramática, sophie). Bem, a escolha é vossa. Eu cá não resisti e.... vejam como fiquei.

On holidays...

blue

Adicted to this music

Hmmmmmmmmmmmmmmusic

Susanna and The Magical Orchestra

meu querido

Foto de Fábio Oliveira (www.flickr.com)

antes que acabe
antes que acabe o dia
antes que acabe o dia sem que eu
antes que acabe o dia sem que eu tenha a oportunidade
antes que acabe o dia sem que eu tenha a oportunidade de te dizer ao menos
antes que acabe o dia sem que eu tenha a oportunidade de te dizer ao menos a saudade,
a que sinto,
a que sentirei,
reafirmo (pim!) o meu afecto desafectado
e fosforogéneo
por ti
e ofereço-te um vislumbre da sua fosforescência.
antes que acabe o dia.
pim.

A Star is Born

Rita Redshoes

Na próxima quarta feira, às 23 horas, Rita Redshoes estará ao vivo na Musicbox.

A sua música desperta um mundo de sonhos onde a realidade da sua voz nos embala e nos transporta através dum caminho mais maduro, sólido e surpreendente. "Dream on Girl" é a sua primeira afirmação: um novo talento apresentado pela colectânea “Novos Talentos – FNAC 2007”, uma música que rapidamente se tornou no single deste disco, com destaque em algumas rádios nacionais e referência com uma das canções do ano.
Em 2000, começa a desenvolver o seu talento para tocar piano, no seu projecto a solo: Photographs. Desde 2003 que integra a banda de David Fonseca, tendo mais recentemente partilhado o tema “Hold Still” incluído em “Our Hearts Will Beat As One”.
“Dream On Girl” é a passadeira amarela para Rita Redshoes.

A primeira paragem será na Music Box, no proximo dia 12 de Março, antes mesmo da saída no albúm Golden Era, agendado para dia 17.

And i'll be there...

September Songs on February

Uff....Encontrei.

orchestral manoeuvres in the dark, 'souvenir'

Estava no blog de um amigo.

An Acre of Grass

Foto

Meghan Colson (rockmenow58 em flickr)

Picture and book remain,

An acre of green grass

For air and exercice,

Now strength of body goes;

Midnight, an old house

Where nohing stirs but a mouse.

My temptation is quiet.

Here at life's end

Neither loose imagination,

Nor the mill of the mind

Cosuming its rag and bone,

Can make he truth known.

(...)

w.b. yeats

selected poetry

(porque a poesia se quer selecta)