"É a expressão mais correcta e concreta da interacção humana, a partir dos conteúdos culturais subjacentes a qualquer expressão pessoal e interpessoal. (...)
Será a tal comunicação-abertura recíproca das «consciências», aquém ou além dos símbolos, numa quase fusão das pessoas, i.e. das ideias e dos valores.(...)
Implica, como acontece no transe que a ornamenta, dos mais variados modos, tantas vezes (excessos de palavras, actos, gestos e atitudes), a intensidade de uma descoberta vivencial ou existencial do humano, através da sua capacidade dita de extremos que é a fantasia: tornar-se outro, criar-se uma personagem imaginária é muito mais que uma actividade pessoal isolada, de fuga ao banal, ao coercivo ou de «despejo», libertação do acumulado, senão recalcado. (...)
Cada um de nós é radicalmente festivo porque imaginativo e imaginativo porque festivo. E tudo isso num fundo de expressividade radical que se manifesta em criatividade e transformação de ideias e valores, em lídima manifestação da actividade de fantasia e da temporalidade tridimensional, especificamente humana."
in Polis, Enciclopédia VERBO da Sociedade e do Estado, pag. 1411-1413
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